*Por Ana Fontes
Estou há quase 7 anos no mundo dos empreendedores e uma das questões que mais ouço tem relação com a dificuldade em construir e manter uma sociedade de sucesso. Eu mesma tenho experiência em uma sociedade que não funcionou. Relações humanas são difíceis e não importa em que grau; familiares, amizades, profissionais ou passionais. Imagina uma relação com convivência diária sem amor e com dinheiro. É fácil cultivar uma relação assim? Não é fácil, e boa parte das sociedades fracassam por conta desta mistura, que em alguns momentos chegam a ser explosivas. Mas então não é possível ter uma sociedade de sucesso? Sim, é possível, existem vários casos famosos de sociedade que funcionam muito bem. Existe algum segredo para sociedades de sucesso ? Não acredito em fórmulas mágicas nem em segredos, mas acredito em algumas dicas.
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Superar a aversão aos riscos : um desafio às mulheres
Temos visto crescentes estudos, artigos e uma série de notícias sobre o avanço das mulheres em suas carreiras e uma notável obstinação pelo crescimento enquanto ser humano. Em todos os aspectos. Pesquisas apontam que já somos 50 % da força de trabalho. Nos Estados Unidos, há 40 milhões de mulheres a mais no mercado de trabalho do que em 1970. Mais uma boa notícia é que aumenta o consenso de que, nas organizações, as mulheres, como arquétipos, aperfeiçoam os processos de tomada de decisão, injetam criatividade e inovação, aumentam o percentual de solução de problemas. Além disso, as mulheres fomentam o crescimento da economia. Segundo Christine Lagarde, do Fundo Monetário Internacional (FMI), " todas as economias obtêm ganhos em poupança e produtividade quando as mulheres têm mais acesso ao mercado de trabalho. Não se trata apenas de uma questão moral, filosófica ou de oportunidades iguais...Simplesmente faz sentido econômico ". Aos poucos, as mulheres também vêm conquistando espaço no mercado de ações, campo historicamente masculino. Nos últimos 11 anos, elas aumentaram sua atuação na Bolsa de Valores em 42%, porém ainda representam 10% do universo do público investidor da bolsa, relatam os números da BM&F Bovespa. No que tange a investimento anjo, o número de mulheres investidoras nos Estados Unidos corresponde a 13% da categoria com taxa de crescimento de 20% ao ano. Aqui no Brasil, estima-se que esse número não chegue a nem 2% do total de investidores anjo no país. Aprofundado-se mais no tema, recentes estudos comprovam a insegurança das mesmas em investir. Quando se trata de investimento de risco, os números se potencializam, mesmo que exista um bom patrimônio por trás. Duas em cinco mulheres, com carreiras estáveis e prósperas, relatam que não são "tão seguras" em suas habilidades de investimento. Talvez isso não seja um fator peculiar as mulheres, é comum a todos de uma forma geral. Uma das justificativas, pode ser que a aversão ao risco dos investidores está intimamente ligada a necessidade humana de sentir-se seguro, uma das necessidades mais básicas de acordo com a pirâmide de Maslow. Além disso, o objetivo principal de um investidor é o retorno, o que ele irá ganhar ao final. O risco é o índice que indica a chance que o investidor tem de não atingir o seu objetivo. Quanto maior o risco menor a possibilidade de o investimento cumprir com o seu papel para o investidor. Como o foco de um investimento está na recompensa e não no risco, quanto maior for a recompensa pelo investimento mais aceitável será o risco. Nessa linha, aqui vão quatro passos que creio serem importantes para minimizar a insegurança : 1. Estude seu perfil e quais tipos de risco existentes para determinado investimento. Cabe lembrar que o certo é aquilo que você deseja. Não se prenda a determinados tipos de investimentos porquê alguém obteve êxito nele. Analise o que for mais confortável para seu perfil e segurança financeira. 2. Se junte a um grupo de investimento ou de finanças Fazer parte de um contexto ajuda a minimizar inseguranças e ainda potencializa as chances de aprendizado. Caso você opte pelo investimento anjo, investir com pessoas mais experientes também ajuda a diluir os riscos. 3. Tenha um mentor. Se for financeiro, melhor ainda. Ter uma pessoa que entenda suas necessidades peculiares pode trazer grandes benefícios e facilitar seu entendimento quanto a números e decisões provenientes de análises custo-benefício para determinados investimentos. 4. Comece arriscando pouco e vá aumentando aos poucos. É necessário ir dando um passo de cada vez. Aprenda a fazer, analisar, ter suas próprias métricas de avaliação para que, caso queira, aumentar os riscos e um possível retorno maior financeiro. Pode existir, de fato, esse desafio de suprir a lacuna quanto a investimento, porém partindo para a ação, fazendo e aprendendo, errando e acertando, pode ser o fator determinante para aumentar a convicção e segurança financeira.
Esse artigo foi publicado no Startupi : http://startupi.com.br/2015/04/superar-a-aversao-aos-riscos-um-desafio-as-mulheres/
Por Camila Farani, investidora anjo, sócia da LAB22 e cofundadora do MIA
Num mundo cada vez mais competitivo e dinâmico, cada vez mais se faz necessário a busca incessante para o equilíbrio emocional nas relações, sejam de trabalho ou nas próprias relações interpessoais. Nesse sentido, a palavra resiliência deixou o campo da Física e ganhou uma certa notoriedade no mundo dos negócios. Como investidora e empreendedora, venho utilizando amplamente seus pilares para capacitar líderes de startups bem como a mim mesma. A importância da resiliência para a carreira é grande, pois ao fim, no dia a dia dos negócios, cresce quem, de fato, é resiliente, além de ter competência, é claro. Com base nessa premissa, destaco abaixo alguns fatores que compõem a força na estrutura interna que apoiam este tipo de atitude: Sociabilidade Intimamente ligada ao bom relacionamento interpessoal em conseguir criar facilmente vínculos com outras pessoas. O apoio externo diminui sintomas de estresse e reduz a vulnerabilidade de indivíduos submetidos a condições adversas. Otimismo As pessoas com essa característica têm esperança no que está por vir em suas vidas. Além disso enxergar o lado bom mantem seus sonhos vivos esperando por uma situação favorável sempre. O pessimismo faz com que o indivíduo de baixa resiliência insista teimosamente em cursos de ação que não se mostram efetivos. Flexibilidade mental Está relacionada a uma maior tolerância a situações adversas e a uma maior criatividade. Pensa em opções, age e, se a ação não é efetiva, escolhe outra opção e persiste. Empatia Saber se colocar no lugar do outro é essencial para minimizar e solucionar conflitos Controle Emocional Um dos comportamentos mais importantes, permite ao profissional agir com mais calma e não perder o foco. Nessa linha, manter o autocontrole em momentos turbulentos serve para tomadas de decisões racionais. Independência e Autonomia Quando usamos o medo para alavancar nossas decisões, nos tornamos cada vez mais fortes e independentes. Usando essa autonomia dependemos cada vez menos dos outros para desenvolver nossas tarefas e atitudes. O nosso ingresso como investidoras anjo no MIA nos proporcionou refletir sobre quem somos e satisfazer alguns sentimentos e desejos que tínhamos como empreendedoras (de um mercado tradicional por natureza como a advocacia) e como investidoras. Resolvemos dividir com Vocês alguns dos sentimentos e motivos que nos levaram a participar do MIA com o intuito de incentivar mais investidoras como nós a integrarem a rede.
1. Orgulho e empatia. Nossa história como sócias de um escritório de advocacia eminentemente (e, cremos, por coincidência, ao menos de forma consciente) liderado por mulheres veio a tona como flashback. Até então não tínhamos parado para pensar nos desafios adicionais das empreendedoras e executivas que batalham em um ambiente de negócios de maioria masculina e o que isso representou para um grupo de mulheres advogadas que começou e inseriu o escritório em operações do mundo das finanças e dos negócios dos mais diversos tamanhos e complexidades. Talvez porque a “alma feminina” por trás do que fazemos gerou mais qualidades do que defeitos, porque nossos parceiros-clientes apreciam essas qualidades, e, mais importante ainda, porque nos enxergamos como profissionais e empreendedoras raçudas, que como outros profissionais e empreendedores batalham para começar e fazer crescer seus negócios. Achamos que esse orgulho da história e conhecimento dos desafios que o empreendedorismo traz são fatores intrínsecos a decisão de se tornar um investidor anjo. O MIA acrescenta a isso uma identidade de histórias de empreendedoras e executivas que, assim como nós, simplesmente fizeram, fazem e farão acontecer, superando preconceitos próprios e de outros quaisquer. 2. Aprendizado e Rede de Contatos. O MIA foi o primeiro grupo de investidores anjo do qual decidimos fazer parte como investidoras. Antes disso tínhamos auxiliado meramente como advogadas alguns de nossos clientes que ou buscavam captar esse tipo de investimento ou pretendiam investir em empresas nascentes. Nos encontros do MIA, aprendemos com investidoras experientes alguns requisitos para avaliar o potencial do negócio e das empreendedoras que buscam investimento, aprendemos com empreendedoras sobre carências de determinados mercados e possíveis soluções e transmitimos um pouco de nossa experiência, como empreendedoras (sócias de um escritório de advocacia) e como profissionais (advogadas na área empresarial). 3. Diversificação de Investimentos. Seja por nossa experiência profissional como advogadas atuantes no mundo empresarial e financeiro, seja por um esforço pessoal de educação financeira, tínhamos a noção de que as opções de investimento tradicionais em capital de risco (ações em bolsa, quotas em fundos de investimento, mercado de opções, entre outras) são limitadas, dependem de decisão de gestores ou informações de analistas e estão mais sujeitas à especulação e fatores macroeconômicos. Por outro lado, fora de um grupo de investidores, não tínhamos acesso a empresas e a negócios que poderíamos considerar como com alto potencial de retorno. O ingresso no MIA vem nos permitindo conhecer um portfólio muito bem selecionado de empreendedoras e empresas já familiarizadas com o formato do investimento anjo, conversar com outras investidoras e formar grupos para reduzir nossos custos de transação (análise da empresa e análise de documentos) e permitir a captação em conjunto com a consequente diluição do risco entre o grupo de investidores e maior potencial de diversificação do portfólio conjunto. Vale contarmos também um desafio adicional que tivemos que superar – a postura conservadora do advogado tradicional. Além de refletir sobre os aspectos positivos que citamos acima, tivemos que fazer um exercício para acalmar o nosso lado risk averse que a formação como advogadas nos incute. Resolvemos não apenas nos tornarmos investidoras, como também usar o que de melhor a nossa formação técnica nos trouxe para incrementar as chances de sucesso dos nossos investimentos, quais sejam: possibilidade de analisar juridicamente o negócio, orientar empreendedoras sobre as boas práticas legais e medidas de mitigação de riscos e a possibilidade de construir documentos que formalizem o investimento anjo de uma forma que os incentivos e obrigações sejam equilibrados e viabilizem o investimento. Acreditamos que cada possível investidora tem uma história que, somada ao desejo de aprender, trocar experiência, conhecer oportunidades e diversificar investimentos pode ser motivadora para ela vestir a asa e a auréola de anjo. Resolvemos dividir a nossa e esperamos aprender muito mais com as de Vocês. Finalizamos com uma frase que adoramos repetir: “Girls, there are no limits...”- Condoleezza Rice, ex-Secretaria de Estado Norte Americano para a Ban Bossy Campaign Por Rosely Cruz e Natasha Pryngler, ambas advogadas e sócias do escritório Neolaw (www.neolaw.com.br), fundadoras do Instituto Brasileiro de Administração Judicial (IBAJUD – www.ibajud.org) e co-fundadoras, em conjunto com a escola de direito da Fundação Getúlio Vargas, do Laboratório de Empresas Nascentes em Tecnologia (LENT – www.lentec.com.br) As diferenças entre homens e mulheres e o preconceito no ambiente profissional raramente é um assunto abertamente discutido. Porém, como coloca Sheryl Sandberg, não podemos mudar o que não percebemos, mas uma vez que percebemos, não conseguimos não mudar – sentimos que temos que fazer algo a respeito. Por isso, quando recebi o convite para escrever esse post sobre como é ser uma mulher empreendedora, fiquei feliz com a oportunidade de falar sobre um assunto que ainda é pouco discutido.Mas o preconceito contra a mulher ainda existe?
De tão sutil e delicado, o preconceito às vezes passa despercebido. Acredito que na maioria das ocasiões nem mesmo a pessoa que faz o comentário preconceituoso percebe que a sua visão esteja sendo distorcida pelos seus ‘pré-conceitos’ quanto à diferença entre os gêneros. Por exemplo, recentemente participei do Fórum de Mulheres Executivas, um evento que reúne mais de 100 mulheres interessadas em discutir, entre outros assuntos, a situação da mulher no mercado de trabalho. No início do fórum, o representante do espaço comercial onde o evento estava sendo sediado fez uma breve apresentação do espaço, mencionado que no local havia um luxuoso hotel, salas de reuniões e também um shopping center. Ao falar em shopping center, ele aproveitou a ocasião e convidou as mulheres ali presentes a fazerem umas “comprinhas” ao saírem do evento. Feita a introdução, sobe no palco Ana Paula Padrão, principal palestrante do evento. Seu primeiro comentário foi: ‘Em alguma conferência de homens seria feito o convite a fazer umas “comprinhas” no final do evento?’. Fantástica observação, aplaudida veemente pelas participantes. Fica marcado que o preconceito e os estereótipos são perpetuados inclusive por pessoas que apoiam o avanço das mulheres na vida profissional. Ainda, na palestra de Ana Paula, foram mostrados dados que comprovam que muitas vezes as próprias mulheres possuem visões machistas e perpetuam o preconceito. E então, como é a vida de uma mulher empreendedora? Estou neste caminho há relativamente pouco tempo, mas posso afirmar que essa tem sido a jornada mais emocionante e mais gratificante que vivi até agora. As incertezas e as emoções das pequenas conquistas e derrotas vividas diariamente fazem com que a experiência do empreendedorismo seja inigualável àquela da vida corporativa. Porém, quando falamos do fato de ser mulher e empreender, muitas das minhas experiências se equiparam às que tive no mundo corporativo. Falo aqui de dois exemplos que ilustram alguns dos importantes estereótipos que ainda enfrentamos por sermos mulher: 1) Julgamento da sua capacidade profissional. Às vezes me pergunto (e acredito não estar sozinha nesse questionamento): “Se eu fosse homem, como seria visto o meu currículo? Será que eu teria vantagens ou desvantagens quanto à percepção de outras pessoas quanto a minha experiência e qualificação?” Em sua pesquisa de pós-doutorado em Yale, Corinne Moss-Racusin testa a diferença de percepção entre currículos de homens e de mulheres. Para tanto, Corinne e sua equipe enviaram currículos idênticos a profissionais que estavam recrutando cientistas. A única diferença entre os CVs era o nome do candidato: um nome feminino ou um nome masculino. A pesquisa confirma o que muitas de nós já suspeitávamos: os currículos de homens são avaliados de maneira mais positiva quanto a competência e empregabilidade do que o de mulheres*. Ainda, a mesma pesquisa verificou que o salário inicial oferecido para os CVs com nomes de mulheres foi 14% mais baixo que os dos homens. Lembro sempre de uma amiga advogada que, quando o seu chefe falou que iria considerar o seu pedido de aumento salarial, ela falou para ele “imaginar que ela era um homem” quando estivesse considerando o seu pedido. Achei fantástica a atitude, que traz à tona a tendência cientificamente comprovada de o seu chefe lhe dar um aumento menor do que o que daria a um homem com as mesmas qualificações e experiência profissional. Como mencionei no início desse post, o que é discutido abertamente deve ser resolvido, e por isso apoio a sua atitude. Sim, nós mulheres queremos ser avaliadas de maneira justa por nossa capacidade e por nossas conquistas profissionais. Como empreendedora, quero sim que potenciais investidores façam as perguntas difíceis sobre o meu negócio e que me perguntem sobre as projeções financeiras da empresa. Enfim, não quero ser poupada de questionamentos em função de eu ser mulher. 2) Presunção de liderança. Um exemplo fácil para ilustrar esse ponto é o que ocorre quando você está entrevistando um candidato a um emprego na sua startup. Se faço uma pergunta a um(a) candidato(a), quero que ele(a) responda olhando para mim, ou para todos os presentes na entrevista. Às vezes ocorre que os(as) candidatos(as) a emprego se referem somente (ou principalmente) aos homens presentes na reunião. Parece inacreditável mas, ao compartilhar essa experiência com outras mulheres, fiquei sabendo que isso não é só “privilégio” meu, mas acontece na grande maioria das vezes. É uma atitude sutil mas que reflete quem a pessoa presume que seja o tomador de decisão. Será que esse candidato irá respeitar você, mulher empreendedora, como a tomadora de decisões quanto ao futuro do seu negócio? Um bom caminho já foi trilhado para que as mulheres sejam devidamente reconhecidas por sua capacidade no ambiente profissional e empresarial. Porém, ainda temos um longo caminho pela frente. O maior desafio agora é termos consciência de como os estereótipos e preconceitos influenciam o nosso julgamento sobre as pessoas com quem interagimos no ambiente de trabalho. Depois dessa percepção, vem a coragem de falar abertamente e, ao invés de ignorarmos as nossa diferenças, passarmos a aceitá-las e transcendê-las. Luciana Caletti *http://blogs.scientificamerican.com/unofficial-prognosis/2012/09/23/study-shows-gender-bias-in-science-is-real-heres-why-it-matters/ara editar . Luciana Caletti é co-fundadora e CEO da Love Mondays (www.lovemondays.com.br), uma comunidade de carreiras onde profissionais descobrem as melhores empresas conforme as opiniões anônimas dos funcionários. Uma das coisas mais incríveis na vida é quando você descobre algo novo!
Isto aconteceu comigo quando comecei a trabalhar com Investimento Anjo na Anjos do Brasil, há quase três anos. Conheci um mundo que une gente interessante e interessada em apoiar o desenvolvimento do Brasil através do empreendedorismo, unindo capital, conhecimento e conexões. Aconteceu de novo quando comecei a ficar incomodada com o fato de sermos tão poucas mulheres neste ecossistema. Participo de muitos eventos de empreendedorismo e investimento e adoro este ambiente, formado por gente boa e do bem, que se apoia e estimula. A grande maioria são homens e muitas vezes eu sou a única mulher presente, convivo durante todo o evento com eles, troco informações, me divirto. Então, o evento acaba e o pessoal vai sair para mais um papo. Sempre me convidavam, mas eu nunca ia; sempre pensava: são apenas homens juntos e que, no fundo, eu não queria ir nem eles queriam que eu fosse. Sei que acontecem situações similares com muitas outras mulheres nos diversos ambientes de trabalho e nunca vi problema nisso. E, então, surgiu o MIA... Convidei a Ana Fontes e a Camila Farani para criarmos o MIA, um movimento de fomento a Mulheres Investidoras Anjos, movida pelo desejo de conviver com mais mulheres em meu cotidiano na Anjos do Brasil e por acreditar na necessidade e no poder da diversidade para criar um ecossistema duradouro para o investimento anjo e o empreendedorismo de inovação no Brasil. Está sendo muito bacana ver o suporte e repercussão positiva que a nossa iniciativa vem recebendo. São muitas mulheres acreditando e realizando muito neste sentido. Impossível nomear todas! O que eu não esperava é o quanto o MIA iria despertar de reflexão em mim mesma, em entender a minha própria história como mulher no mundo do trabalho, e também, como ainda vivo e trabalho imbuída de paradigmas e posições que refletem uma visão, de que eu não compartilho, sobre o papel da mulher. Acredito que a maioria das pessoas, homens e mulheres, quer que a mulher realize todo o seu potencial e valoriza as qualidades femininas no ambiente de trabalho, e, apesar disto, muitas vezes agimos com base em uma visão de mundo que é incompatível com esta crença. Refletir e entender esta situação pode nos fazer mudar. Hoje, já não acho mais normal eu deixar de sair com o pessoal. Nestes momentos, a gente constrói relacionamentos, fica sabendo de muita coisa importante e aprende em um ambiente informal. Percebi que estava agindo a partir de uma visão de mundo pouco integradora que nada tem que ver com o que eu acredito. Foi um choque! Agora, é mudar de atitude, mas sei que não é fácil! Tenho lido e conversado com muitas mulheres sobre experiências como esta e sobre as dificuldades que este tipo de viés nos traz. Este blog é um espaço para trocarmos ideias e encontramos nossos caminhos de agir de maneira diferente. Convidamos muitas pessoas para escrever e queremos também que você, que está lendo agora, participe! Aguardamos sua história e visão! |
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Maio 2015
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